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Quando a saudade bate na porta

É triste quando precisamos deixar as coisas passarem e saírem da nossa vida. Toda partida pode provocar dois tipos de sensações: alívio ou saudade. Se for a primeira é sinal que a coisa não era boa, se a segunda, bem, já é outra história.

Para mim há vários tipos de saudade, mas três principais: a saudade de alguém, a saudade de algo e a saudade de um tempo que se foi.

Todas parecem ser um sentimento, mas tenho preferido pensar que é um bichinho pequeno e invisível que incomoda e muito. As vezes queria poder pegá-lo, dar um peteleco e deixar voar pra longe, bem como nos desenhos animados. Mas não é dessa forma que funciona, infelizmente.

Acho que todas as saudades são ruins e boas ao mesmo tempo. Pode representar coisas boas que passaram pela nossa vida mas também pode ser ruim, por mostrar o quanto você a queria de volta. Aí entra a divisão dos tipos de saudade.

A saudade de alguém é a mais comum, um amigo que saiu da sua vida, um parente que se foi, alguém que te proporcionou momentos incríveis mas de alguma forma não faz parte do seu dia-a-dia. A solução mais simples seria focar em outras coisas, mas volta e meia aquele bichinho sem noção aparece lá no seu ombro, ou no cantinho da sua orelha e começa a te lembrar do que se foi.

O segundo tipo é a saudade de algo, pode ser um objeto, um lugar, uma experiência que viveu. Eu por exemplo sinto muita saudade de lugares que já passei em viagens, que me trouxeram bons momentos. Mas também já senti saudade de tipos de comida, que um dia comi, que alguém fez e bate aquela sensação Ana Maria Braga: “hummmmmm”, como eu queria comer de novo! Como tenho saudade!

Entretanto, na minha opinião a pior de todas é a saudade de um tempo que se foi. E se for ver bem é a única que une todos os tipos de saudade descritos acima.

Se pararmos para pensar, tudo que sentimos falta é porque gostaríamos de reviver aquela sensação ou momento. Vou pegar a comida por exemplo. Tem um bolo de chocolate tradicional em aniversários que a minha avó faz que é in-crí-vel! Mas infelizmente não tenho em casa quando bate aquela vontade ai fica só a lembrança daqueeeele dia que comi que me deu alegria, prazer e a sensação Ana Maria Braga, que faltava.

O mesmo já aconteceu com pessoas e lugares, mas pra mim o que conecta todos os tipos de saudade é aquela que sentimos do tempo que vivemos que se passou, por algum motivo.

Claro que quando estamos vivendo coisas boas esse bichinho cala a boca, mas basta a solidão, tristeza ou uma lembrança sobre algo bater na porta que vem logo na mente “ah, aquele tempo, que saudade”, não é mesmo?!

Saudade de quando éramos crianças e a vida era mais simples. Saudade de quando morávamos naquela casa, que tinha quintal. Saudade daquela pessoa, que tanto amamos. Saudade, saudade, saudade.

A energia da saudade é o tempo e o tempo pode se comparar com o vento: não se pode controlar, conter, nem estocar. Não da pra ter certeza de onde veio nem pra onde vai, ele simplesmente passa e quando menos percebemos os bons e maus momentos que vivemos se foram com ele.

Isso pode acarretar duas coisas: uma tristeza profunda que te paralisa ou um fio de motivação te incentiva a viver de novo. Espero que sua coleção de memórias e suas saudades das pessoas, das coisas e dos momentos bons que viveu sempre te levem pra frente. Te incentivem a procurar mais uma vez no novo, que chamamos de hoje, os mesmos motivos que te fizeram sorrir uma vez. E então, viva!

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